Sete boas práticas para podcast de jornalismo ambiental: resultado de pesquisa acadêmica

Anúncio da Menção Honrosa PIC/PIBITI

Vários achados surgiram do projeto de iniciação científica sobre Podcast & Ciência com foco em jornalismo ambiental que recebeu menção honrosa na cerimônia de premiação do 27º Congresso de Iniciação Científica da Universidade de Brasília (UnB) e do 18º Congresso de Iniciação Científica do Distrito Federal. A aluna Sara Meneses, a orientadora Mônica Prado e o PIC/PIBITI do Centro Universitário de Brasília (CEUB) foram agraciados. O evento foi transmitido pelo canal do YouTube da TV Universitária da UnB, no dia 6 de dezembro de 2021 (avance até 40:24” para ouvir o anúncio).

Os achados da pesquisa mostram que o podcast de jornalismo ambiental é ao mesmo tempo um instrumento político e um momento educativo, podendo se constituir num ativismo ambiental, a depender do formato. As boas práticas em jornalismo ambiental levantadas pela pesquisa apontam que:

  • a linguagem deve ser simples, e os dados e números devem ser traduzidos de forma que o ouvinte consiga ter a proporção de tamanho na vida real;
  • o estudo e a leitura sobre o tema ajudam a traduzir os assuntos de meio ambiente de forma mais coloquial para os ouvintes;
  • a leitura e a pesquisa diária em portais e jornais é o caminho para o levantamento de fontes e dados sobre ambiente e serviços da natureza;
  • bom microfone e ambiente silencioso são fundamentais para garantir a qualidade de áudio quando a gravação acontece em casa, por exemplo;
  • o programa de edição a ser utilizado deve ser aquele com que o editor está mais acostumado;
  • o canal de distribuição está diretamente relacionado à plataforma escolhida para armazenamento do podcast, e
  • a divulgação dos episódios deve ser feita em redes sociais para promover o contato com os ouvintes, por meio de lives, teasers do episódio e publicações com os convidados, além de upload dos programas para o YouTube.

Sustentabilidade Financeira: podcast jornalismo ambiental

Com base nas entrevistas realizadas com jornalistas produtores e editores durante a pesquisa, constata-se que é difícil ganhar a vida com podcast, sem apoio de financiadores. O podcast torna-se um hobby, um projeto pessoal, nesse caso. O modelo mais utilizado para a sustentabilidade financeira de podcasts dedicados a jornalismo ambiental é o de contribuição e doação de ouvintes, e o patrocínio com sites ou agências ambientais. Segundo os entrevistados:

  • o financiamento do podcast pode ser de forma tradicional (inserção de anúncio, leitura de textos do patrocinador, hiperlinks para marcas) e de forma independente e/ou alternativa (coletivos, recursos próprios e inserção de publieditoriais).

O Projeto mapeou os podcasts brasileiros de jornalismo ambiental, o tema abordado e seus produtores. Foram encontrados doze podcasts, sendo que apenas quatro editores aceitaram ser entrevistados, o que ocorreu com recursos de videoconferência. A metodologia empregou pesquisas bibliográfica e documental e entrevistas em profundidade com jornalistas produtores e editores de podcast de jornalismo ambiental. A pesquisa foi submetida ao Conselho de Ética em Pesquisa do CEUB, e o protocolo foi avaliado e aprovado com parecer n. 4.788.037/21.

Para participar do Congresso de Iniciação Científica da UnB e do DF, Sara Meneses gravou vídeo explicando o projeto e os resultados da pesquisa. Para assistir ao vídeo de 4:44” de Sara Meneses clique:

 

Consumo de informação: produtores rurais no DF e Canal Rural

Como o usuário consome informação divulgada por telejornais é tema de pesquisas sobre recepção. Em 2008, estudo sobre como os produtores rurais do Distrito Federal consumiam informações noticiosas do Canal Rural (RBS) por intermédio do telejornal Rural Notícias foi divugado. Aqui replico o Artigo Rural Notícias e os produtores do DF que já não se encontra disponível no website em que foi publicado originalmente.